A posição da American Dietetic Association e da Dietitians of Canada é que “dietas vegetarianas, incluindo as veganas, corretamente planeadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e podem proporcionar benefícios para a saúde, na prevenção e no tratamento de determinadas doenças. Bem planeada, a alimentação vegetariana é apropriada para indivíduos durante todas as fases do ciclo da vida, incluindo gravidez, lactação, infância, adolescência e também para atletas."
A transição deste tipo de alimentação deve ser realizada com cautela, idealmente com acompanhamento nutricional especializado, de forma a garantir que a saúde e a qualidade de vida sejam mantidos ou otimizados. De fato, ser vegetariano não significa apenas não comer carne e peixe. Muitos vegetarianos “principiantes” acabam simplesmente por aumentar a ingestão de alimentos derivados de animais, como os ovos e os lácteos, ou passam a comer de forma exagerada um determinado alimento, como a soja ou o tofu.
Existem alguns nutrientes que merecem especial atenção na dieta vegetariana, como as proteínas, a vitamina B12, a vitamina D, o ferro, o cálcio, o zinco, o iodo e o ómega 3, que em défice podem a longo prazo trazer prejuízos à saúde. Importa contudo salientar que o mesmo pode acontecer em qualquer alimentação deficiente e monótona, tão típica na nossa sociedade.
O tipo de alimentação que se seguiu no Ocidente nos últimos 50 anos, baseado no consumo de proteína animal e de produtos processados, está hoje a evidenciar graves consequências na saúde humana, sob a forma de doenças crónicas – como a obesidade, a hipertensão arterial, a diabetes, as doenças inflamatórias crónicas, as demências e o envelhecimento precoce, os desequilíbrios emocionais e as doenças psicossomáticas (de origem nervosa).
Estas e muitas outras doenças mantêm uma relação muito estreita com os hábitos alimentares e de estilo de vida.
Por outro lado, a utilização intensiva de adubos, inseticidas e pesticidas pelas técnicas modernas da Agropecuária tem desgastado gravemente as terras de cultivo e consequentemente deteriorado as águas do mar, pela contaminação química.
De um ponto de vista mais crítico e, de certa forma, mais consciente, há dois tipos de alimentos: os fermentativos e os putrefacientes, que basicamente são os de origem vegetal e os de origem animal, respetivamente. De fato, a carne, o peixe e os ovos utilizados na alimentação quotidiana, ao contrário dos vegetais, não são alimentos vivos, iniciando o seu processo de deterioração antes de serem expelidos pelo organismo e muitas vezes mesmo antes de chegar ao prato. Além disso, a carne destes animais está impregnada de toxinas e emoções violentas, fruto de uma vida e uma morte não naturais.
Mais que nunca, as nossas escolhas devem ser mais criteriosas e conscientes, indo muito para além da perspetiva nutricional.
Alimentos verdadeiros, provenientes da Natureza. Não inventados por humanos, que de alimentação e saúde nada lhes diz respeito, tendo apenas interesses económicos e outros tantos. Alimentos saudáveis, frescos, nutritivos, ecológicos e saborosos.
Olá! Eu quero iniciar o meu bebé numa dieta vegana. mas no centro de saúde não estão aptos a indicar-me a melhor maneira de o fazer sem que fique com carência de nutrientes, o meu bebé está com 4 meses e gostaria de me informar sobre este assunto antes de ele completar os 6 meses.
ResponderEliminarEspero que me possa ajudar,
Melhores cumprimentos,
Rita G. Pinheiro